Estudos recentes da UTFPR, conduzidos pelo professor Anderson Rocha, doutor em Análise Ambiental, demonstram o crescimento da Mata Atlântica de Santa Helena.
Os estudos mostram que o município passou de pouco mais de 6.300 hectares em 1985 para quase 14.500 hectares em 2020 com cobertura florestal. Desde 2017, Santa Helena vem ganhando esta notoriedade e além da liderança no ranking se constitui no município que mais reflorestou, inclusive hoje conta com uma cobertura florestal acima de 22%, quando o obrigatório é 20.
A notícia ganhou mais destaque neste ano a partir de um plano de manejo que está sendo feito no Refúgio Biológico de Santa Helena, mostrando que o município se sobressai também na preservação ambiental.
Estudos científicos
O professor doutor Anderson Rocha da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus de Santa Helena, reuniu-se com integrantes da administração municipal para falar do novo plano de manejo que está sendo executado no Refúgio Biológico local e mostrou os dados que fazem do município, ícone no Paraná em termos de reflorestamento a partir de 1985 até 2020.
No mesmo período, as áreas de plantio e utilizadas para a pecuária, se mantiveram estáticas ou até diminuíram de tamanho. Dado à tecnologia de sementes e insumos e ações preservacionistas, a produção, entretanto, aumentou muito e chegou ao ápice colocando Santa Helena como quinto maior VBP (Valor Bruto da Produção) dentre os 399 municípios paranaenses.
Hoje, Santa Helena é a primeira no ranking das que mais reflorestou no espaço de tempo comparado aos outros 398 municípios paranaenses.
Dados concretos, compilados pelo estudo com fontes oficiais, como o IMPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e acrescido de várias outras informações acerca do território do município, em 1985 a floresta ocupava apenas 6.361 ha, nos anos seguintes ocorreu um crescimento constante, sendo que mais recentemente em 2020 chegou a 14.487 hectares e estes números, não pararam de crescer.
As áreas recobertas por floresta cresceram principalmente no entorno do reservatório de Itaipu e nas margens dos cursos hídricos da bacia do Rio São Francisco Falso. As maiores transformações em termos territoriais ocorreram a partir de 1982, com a formação da grande área alagada pelo represamento do Rio Paraná para a formação do Lago de Itaipu.
Após a formação do reservatório ocorreu também a ampliação de área de vegetação devido a formação de áreas de preservação legais dos produtores rurais, o Refúgio Biológico, proteção às nascentes, matas ciliares e a faixa de proteção ambiental no entorno do lago e de seus afluentes (braços).
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) acompanham e divulgam os índices de regeneração da Mata Atlântica no estado do Paraná.
O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica mostrou que Santa Helena foi o município que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado, num total de 6.682 ha, seguido da cidade de São Miguel do Iguaçu (3.887 ha), Foz do Iguaçu (2.948 ha), Itaipulândia (2.841 ha) e Londrina (2.342 ha).
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