Costa Oeste 93 - Sua fonte de notícias na cidade de ...

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025
Ação pede que comunidades indígenas de Santa Helena e região recebam até R$ 300 milhões por ano em royalties da Itaipu

Geral

Ação pede que comunidades indígenas de Santa Helena e região recebam até R$ 300 milhões por ano em royalties da Itaipu

Processo que tramita no STF se baseia em decisão do ministro Flávio Dino para pedir compensação financeira

IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

Uma ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (16) pede que comunidades indígenas do oeste do Paraná recebam até R$ 300 milhões por ano em royalties da usina hidrelétrica Itaipu Binacional. O valor, segundo a ação, seria uma compensação financeira pelos impactos sobre comunidades Avá-Guarani, que foram deslocadas de seus territórios para a construção da usina.

O pedido se baseia em uma decisão do ministro Flávio Dino que reconheceu o direito de participação dos povos indígenas nos lucros da Usina de Belo Monte, no Pará. Leia mais sobre essa decisão abaixo.

O processo envolve duas Terras Indígenas: Tekoha Guasu Guavira, que abrange áreas em Guaíra, Terra Roxa e Altônia, e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, em São Miguel do Iguaçu e Santa Helena. Segundo a ação, a construção e operação da hidrelétrica de Itaipu impactaram diretamente os territórios tradicionais dessas comunidades.

O cálculo considera o total repassado pela Itaipu à União a título de compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos. Com base nesse percentual, os indígenas reivindicam a destinação integral desse valor às comunidades afetadas.

Além do pagamento anual, a ação pede também indenização retroativa desde a promulgação da Constituição de 1988, o que poderia chegar a um valor de R$ 70 bilhões, incluindo compensações por danos morais coletivos e sociais.

Segundo o texto, os povos Avá-Guarani foram deslocados de seus territórios, tiveram seu modo de vida interrompido e ficaram à margem dos benefícios gerados pelo empreendimento.

“A gente acredita que deve ser rápido, porque já temos a decisão referendada no STF, já é algo unânime”, afirmou o advogado Heffren Nascimento, que representa as comunidades.

O Supremo ainda vai analisar o caso.

A Itaipu retornou que não se manifesta sobre ações nas quais não foi citada ou notificada. O Ministério dos Povos Indígenas também informou que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a ação.

O g1 procurou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Para o cacique Marciliano Lopes Cardoso, presidente da Associação Indígena da TI Tekoha Guasu Guavira, a ação é importante para melhorar a alimentação, a saúde e a educação nas comunidades.

"Temos a esperança de alcançar essa compensação [...] Tenho certeza que, se conseguirmos os royalties, teremos melhora na questão territorial, na alimentação, na educação e na saúde dentro das Terras Indígenas", afirma.

Entre em nosso grupo de WhatsApp Clique Aqui! 

FONTE/CRÉDITOS: G1 Paraná
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Gov.BR
Comentários:

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!